24 junho 2012

Lançamento da Colectânea NA CORDA BAMBA

sábado, 30 de junho de 2012 na Fábrica Braço de Prata

Lançamento de Corda Bamba*

Lançamento de Corda Bamba, colectânea em que colaboro com o conto intitulado Rodicka Simeonescu




Teresa Maria Queiroz, editora da Pastelaria Studio enviou um texto lindo divulgando o lançamento do livro Corda Bamba, no qual tenho um texto. Divido com vocês suas palavras:
Olá, bom dia.

Foi preciso coragem...foi!
Foi preciso não ter medo...foi!
Foi preciso muita atenção, paciência e toda a disponibilidade...foi!
Foram precisos vários pares de olhos...foram!
Foi preciso correr contra o tempo...foi, e o tempo não nos apanhou!
Foi, e é um projecto ambicioso...mas só vale a pena se assim for!
Corremos riscos, todos corremos riscos...mas sem risco a "comida fica com um sabor insonso" :) !

Valeu a pena!!! Obrigada!
Teresa Maria Queiroz

 

Reunimos 91 autores, com os mais diversos estilos de escrita, autores de Portugal do Brasil e Argentina.
Todos contaram uma história, aquela que queria contar, sem preconceitos e sem medo.

A diversidade é muita ! e....ainda bem, era o que se pretendia :) 
São 508 páginas, só de texto!

A nossa "Corda Bamba" está pronta para impressão!
Vão ficar surpreendidos com a edição, pensamos que irão gostar bastante.

A data para a  apresentação da Colectânea "Corda Bamba", foi fixada para o dia 30 de Junho, pelas 19 horas na Fábrica de Braço de Prata, em Lisboa

E vamos fazer uma festa!

--até lá, iremos dando todas as informações necessárias.

só para "abrir o apetite"
cá vai o prefácio :

Prefácio

Porque quem sente, sempre se sente em (des)equilíbrios (in)sustentados  
numa bamboleante Corda Bamba, aqui, contamos histórias, as reais, as possíveis, 
as impossíveis e as quase irreais.

 As canetas correram, os teclados sofreram dedilhados
as folhas de papel amachucado, e os visores, quase apagados, 
viveram histórias incontáveis, que se contam ao correr da pena, ao correr dos dedos, 
ao correr de uma alma que se sente num fôlego ou num suspiro.
Histórias que correm a uma velocidade incontrolável.

Histórias reais, sentidas num fio de tinta, de fio a pavio e esborratadas em vidas sem relatos.
As nossas histórias, as nossas vidas, as histórias deles, as vossas vidas e a vida dos outros.

Realidades manuscritas, manuseadas,
elaboradas e manipuladas por quem sabe aquilo que quer contar.
Assim, cozinhámos uma Colectânea recheada de odores agridoces, 
de sabores metálicos, de suspiros salgados, de doces desencontros e de picantes encontros.
Aceitaram o nosso desafio e contaram-nos tudo aquilo que queríamos ouvir! 
Foi um grito encorajado para quem escreve sem medo de se deixar cair, sem rede e sem sustento.
 
Histórias de uma vida qualquer! 
Na Corda bamba!
Teresa Maria Queiroz 



Cá vai a lista dos autores e os títulos de seus textos:
Adoa Coelho -   "As Chaves"
Afonso Rocha -   "Olhos d´Água – suores de prazer"
Aleksandra Serbim -   "Os Sertões da nossa Terra"
Alexa Wolf -   "Um Anjo sobre mim"
Amandy González-   "Certa Vez"
Ana Bárbara de Santo António -   "A Praça de todos os limites"
Ana Casaca -   "Dois não é um número par"
Ana Paula Ferreira -   "O que a vida nos mostra"
AnaMar -   "Memórias de Praga"
André Pereira   "Acordos, beijos e tempo a mais"
Andrea Mello -   "Sem entender"
Angelina Andrade -   "Sonhei contigo, Pai"
Ângelo Melo -   "Dois Destinos e um Sonho"
Anna Manguinho -   "Aqueles dois"
António Alexandrino -   "Ex-tórias dos tempos da Topografia"
António Pereira -   "O Amor não é por acaso"
Arnaldo Abreu -  "Ela e Eu"
Bárbara Coelho – “ O Maior Sorriso do Mundo”
Betty Silberstein -   "Penas, pelos e patas"
Carla David -   "O Anjo"
Carlos Cebolo -   "O Ermita e o lápis mágico"
Carolina Lemos -   "No Limiar dos Sonhos"
Celeste Coelho -   "Fazer a diferença"
Clara Maria Barata -   "Make love not war"
Cloves Boaventura -   "Pedro ainda não sabia se estava a dormir ou acordado"
Diamantino R. -   "Lágrimas de mulher"
Dina Célia Rodrigues -   "Magia de um sonho"
Dina Rodrigues -   "Sonhei Contigo"
Eli Rodrigues -   "Maldição"
Emanuel Graça -   "O meu coração é um balão"
Emanuel R. Marques -   "Dia de viagem"
Eva Gonçalves -   "Uma questão de perspectiva"
Fábio  Teixeira-   "Madonna e a carne de porco"
Fernanda Furtado -  "Ali"
Fernanda Mesquita -   "Há sempre uma razão para não desistir"
Filipe Alexandre Camacho  - "Pequena nota dita entre silêncios"
Filipe Simplesmente -   "Oposta  Atracção"
Flávia Leão -   "Dá licença"
Francilangela Clarindo -  Uma história mais que real: Minha história, a história da minha vida.
Francisco Mota -   "A Morte não existe"
Francisco José Rito -   "A Lida"
Gilberto Nogueira Oliveira -   "Império"
Gina Grangeia -   "Um Caso de Nervos"
Guiomar Casas Novas -   "As histórias costumam ter um princípio"
Irene Moreira -   "Surpresas do Destino"
Isabel Branco -   "Um Presente Misterioso"
Isabel Pacheco -   "Uma Fracção de Segundo"
Isabel Vieira -   "Eu era assim"
Isabel Vilaverde -   "A Viagem e o Encontro"
Isabella Santos -   "Um conto...Verídico"
Jimmy David -   "Uma Razão para Viver"
João Raimundo Gonçalves -   "Do outro lado da vida"
Joaquim Godinho -   "Uma Fábula Real"
Jon Oldenburg -   "Primeira Vista"
José Júlio -   "A Crise"
Juliano Sasseron -   "Pacto"
Laura Matos -   "Até ao fim"
Leandro Santos -   "Do Outro Lado do Mar"
Lua Palasadany -   "Vago, triste e natural"
Lucas Expedito Prado -   "Digno de piedade"
Lurdes Rodrigues -   "Apenas uma história"
Manuela Ferreira -  "Paraíso"
Margarida Farinha -   "Crónica de uma separação"
Margarida Piloto Garcia -   "Mala de Viagem"
Maria do Rosário Leal -   "A Caixa...A Fuga"
Maria Eduarda Palma -   "60 anos é muito tempo"
Maria João Nunes -   "Rodicka Simeonescu"
Maria Sabbo -   "A Lenda de Mathilde"
Mariel Monente -   "Llama y Pimentón"
Mayara Floss -   "Mãe"
Miguel Coutinho/Ana Casaca -   "Matar-te por mim"
Miguel Leão -   "Auto-estradas"
Mónica Martins -   "Constelação Antes do Fim"
Nanda Rocha -   "Vivemos a correr"
Nanete Neves -   "Emoções Puídas"
Paula Teixeira de Queiroz -   "O Político"
Paulo Fonseca -   "Confissões Maidanov”
Pedras Nuas -   "Bicadas na minha pena"
Pedro Cipriano -   "A Próxima Estação"
Rita Barrocas -   "Quero um terreno nos confins do mundo"
Rogério do Carmo -   "O Luto"
Rosa Maria -   "Deixa que o silêncio..."
Roseli Pedroso -   "Retrato  Desbotado"
Rubens de Sica -   "A Fruta Rara"
Rui Geada -   "Um Instante de Silêncio"
Sidney Santos -   "A Facada"
Susana Ferreira -   "Terra de Inverno"
Susana Venenno -   "Temos que ter uma conversa"
Teresa Maria Queiroz -   "Strip Pole"
Vanessa Santos -   "(sobre)Viver"
Vasco Ricardo -   "O Rochedo"
Teresa Maria Queiroz
* Texto e imagens retiradas do blogue  http://blogslivrosemimos.blogspot.com.br/2012/06/lancamento-de-corda-bamba.html

15 junho 2012

As Palavras não mudam a realidade mas ajudam-nos a pensar


Discurso do Presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, Prof. Doutor António Sampaio da Nóvoa
Lisboa, 10 de junho de 2012
As palavras não mudam a realidade. Mas ajudam-nos a pensar, a conversar, a tomar consciência. E a consciência, essa sim, pode mudar a realidade.
As minhas primeiras palavras são, por inteiro, para os portugueses que vivem situações de dificuldade e de pobreza, de desemprego, que vivem hoje pior do que viviam ontem.
É neles que penso neste 10 de Junho.
A regra de ouro de qualquer contrato social é a defesa dos mais desprotegidos. Penso nos outros, logo existo (José Gomes Ferreira). É o compromisso com os outros, com o bem de todos, que nos torna humanos.
Portugal conseguiu sair de um longo ciclo de pobreza, marcado pelo atraso e pela sobrevivência. Quando pensávamos que este passado não voltaria mais, eis que a pobreza regressa, agora, sem as redes das sociedades tradicionais.
Começa a haver demasiados “portugais” dentro de Portugal. Começa a haver demasiadas desigualdades. E uma sociedade fragmentada é facilmente vencida pelo medo e pela radicalização.
Façamos um armistício connosco, e com o país. Mas não façamos, uma vez mais, o erro de pensar que a tempestade é passageira e que logo virá a bonança. Não virá. Tudo está a mudar à nossa volta. E nós também.
Afinal, a História ainda não tinha acabado. Precisamos de ideias novas que nos deem um horizonte de futuro. Precisamos de alternativas. Há sempre alternativas.
A arrogância do pensamento inevitável é o contrário da liberdade. E nestes estranhos dias, duros e difíceis, podemos prescindir de tudo, mas não podemos prescindir nem da Liberdade nem do Futuro.
O futuro, Minhas Senhoras e Meus Senhores, está no reforço da sociedade e na valorização do conhecimento, está numa sociedade que se organiza com base no conhecimento.
Há a liberdade de falar e há a liberdade de viver, mas esta só existe quando se dá às pessoas a sua irreversível dignidade social (Miguel Torga).
Gostaria de recordar o célebre discurso de Franklin D. Roosevelt, proferido num tempo ainda mais difícil do que o nosso, em 1941. A democracia funda-se em coisas básicas e simples: igualdade de oportunidades; emprego para os que podem trabalhar; segurança para os que dela necessitam; fim dos privilégios para poucos; preservação das liberdades para todos.
Numa situação de guerra, Roosevelt sabia que os sacrifícios têm de basear-se numa forte consciência do social, do interesse coletivo, uma consciência que fomos perdendo na vertigem do económico; pior ainda, que fomos perdendo para interesses e grupos, sem controlo, que concentram a riqueza no mundo e tomam decisões à margem de qualquer princípio ético ou democrático. É uma “realidade inaceitável”.
Em mar de águas revoltas, é preciso manter o rumo, ter a sabedoria de separar o acessório do fundamental. A Europa não é uma opção, é a nossa condição. Uma Europa com uma nova divisa: liberdade, diversidade, solidariedade.
A Europa é o nosso futuro, mas não nos iludamos. Ou nos salvamos a nós, ou ninguém nos salva (Manuel Laranjeira). Falemos, pois, de Portugal e dos portugueses.
Pelo Tejo fomos para o mundo… mas quantas vezes estivemos ausentes dentro de nós? Preferimos a Índia remota, incerta, além dos mares, ao bocado de terra em que nascemos (Teixeira de Pascoaes).
A Terra ou o Mar? Portugal ou o Mundo? A pergunta foi feita por todos aqueles que pensaram Portugal.
No final do século XIX, um homem da Geração de 70, Alberto Sampaio, explica que as nossas faculdades se atrofiaram para tudo que não fosse viajar e mercadejar. Nunca nos preocupámos com a agricultura, nem com a indústria, nem com a ciência, nem com as belas-artes. As riquezas que fomos tendo “mal aportavam, escoavam-se rapidamente, porque faltava uma indústria que as fixasse”, e o património da comunidade, esse, “em vez de enriquecer, empobrecia”.
Nos momentos de prosperidade não tratámos das duas questões fundamentais: o trabalho e o ensino. Nos momentos de crise é tarde: fundas economias na administração aumentariam os desempregados, e para a reorganização do trabalho falta o capital; falta o tempo, porque a fome bate à porta do pobre. Então a emigração é o único expediente: silenciosa e resignadamente cada um vai partindo, sem talvez uma palavra de amargura.
Este texto foi escrito há 120 anos. O meu discurso poderia acabar aqui. Em silêncio.

Senhor Presidente da República,
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
É esta fragilidade endémica que devemos superar. O heroísmo a que somos chamados é, hoje, o heroísmo das coisas básicas e simples – oportunidades, emprego, segurança, liberdade. O heroísmo de um país normal, assente no trabalho e no ensino.
Parece pouco, mas é muito, o muito que nos tem faltado ao longo da história.
Porque Portugal tem um problema de organização dentro de si:
- Num sistema político cada vez mais bloqueado;
- Numa sociedade com instituições enfraquecidas, sem independência, tomadas por uma burocracia e por uma promiscuidade que são fonte de corrupção e desperdício;
- Numa economia frágil e sem uma verdadeira cultura empresarial.
Estão a surgir, é certo, sinais de uma capacidade de adaptação e de resposta, de baixo para cima. Precisamos de transformar estes movimentos numa ação sobre o país, numa ação de reinvenção e de reforço da sociedade.
Chegou o tempo de dar um rumo novo à nossa história.
Portugal tem de se organizar dentro de si, não para se fechar, mas para se abrir, para alcançar uma presença forte fora de si.
Não conseguiremos ser alguém na Europa e no mundo, se formos ninguém em nós.
Não é por sermos um país pequeno que devem ser pequenas as nossas ambições. O tamanho não conta; o que conta, e muito, é o conhecimento e a ciência.

Senhor Presidente de República,
O convite de V. Ex.ª, que muito agradeço, é um gesto de reconhecimento das universidades e do seu papel no futuro de Portugal.
Em Lisboa, na célebre Conferência do Casino (1871), Antero disse o essencial: A Europa culta engrandeceu-se, nobilitou-se, subiu sobretudo pela ciência: foi sobretudo pela falta de ciência que nós descemos, que nos degradámos, que nos anulámos.
Antero tinha razão e o século XX ainda mais razão lhe veio dar. O drama de Portugal, do nosso atraso e da nossa dependência, tem sido sempre o afastamento de sociedades que evoluíram graças ao conhecimento e à ciência.
Nas últimas décadas, realizámos um esforço notável no campo da educação (da escola pública), das universidades e da ciência.
Pela primeira vez na nossa história, começamos a ter a base necessária para um novo modelo de desenvolvimento, para um novo modelo de organização da sociedade.
É uma base necessária, mas não é ainda uma base suficiente.
Existe conhecimento. Existe ciência. Existe tecnologia. Mas não estamos a conseguir aproveitar este potencial para reorganizar a nossa estrutura social e produtiva, para transformar as nossas instituições e empresas, para integrar uma geração qualificada que, assim, se vê empurrada para a precariedade e para o desemprego.
É este o nosso problema: a ligação entre a universidade e a sociedade. É esta a questão central do país: uma organização da sociedade com base na valorização do conhecimento.
Insisto. Apesar de todos os contratempos, Portugal tem hoje uma capacidade instalada, nas universidades e na ciência, que nos permite sair de uma posição menor, periférica, e superar o fosso tecnológico que se cavou entre nós e a Europa.
Não temos tempo para hesitações. As universidades vivem de liberdade, precisam de ser livres para estarem à altura do que a sociedade lhes pede.
É por aqui que passa o nosso futuro, pela forma como conseguirmos ligar as universidades e a sociedade, pela forma como conseguirmos que o conhecimento esteja ao serviço da transformação das nossas instituições e das nossas empresas.
É por aqui que passa o nosso futuro, um outro futuro para Portugal.

Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Também Lisboa se está a transformar graças à criação, à energia da cultura e da ciência, graças aos estudantes que aqui chegam de todas as partes do mundo.
Lisboa é dos poetas. Em abril, a poesia esteve na rua e fez-nos emergir da noite e do silêncio. A poesia volta sempre à rua, através desta língua que é a nossa mátria, desta língua que nos permite estar connosco e com os outros, nas comunidades que nos multiplicaram pelo mundo e nos países que são parte de nós.
25 anos depois, não esqueço José Afonso: Enquanto há força, cantai rapazes, dançai raparigas, seremos muitos, seremos alguém, cantai também.
Cantemos todos. Por um país solidário. Por um país que assegura o direito às coisas básicas e simples. Por um país que se transforma a partir do conhecimento.
Não podemos ser ingénuos. Mas denunciar as ingenuidades não significa pôr de lado as ilusões, não significa renunciar à busca de um país liberto, de uma vida limpa e de um tempo justo (Sophia).
Foi esta busca que me trouxe ao Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

06 junho 2012

Madrugadas

 

Escorregando a seda tecida de sonho
Madrugada fora, seduzida pela luz
Macio pedaço de calor
Amornando a fantasia
Sequiosa sentindo pele com pele
Fios de alma dançando nos cabelos
Espraia-se devagar na alvura do tecido
Imensa trama coberta de poeira láctea
E rola em jeito de rotação no espaço sideral
E toca-se como se fora som, quimera , ilusão
Corpo feito pêndulo, oscilando na sombra
Brilho que escorrega lento
A calma, a bênção, o pão, alimento
No alto da nota só, nasce o astro
Queima incenso, quebra a pétala
Macio e denso objecto, enroscado em si
Em só, fechado em mim , em ti, em dó
Mágica clave, pauta fechada
Fim de madrugada.

01 junho 2012

O Sentido da VIda


Foto Mary Pops

Qual é o exacto momento da vida?
Certamente não será nascer, é nascendo que se morre
Morre-se pensando viver.
É no grito que  passamos  do momento de prazer
Para  o inicio de um caduco envelhecer
Estranha contradição esta pensando deste modo
Que existe um mundo desconhecido a que chamamos
Inferno
Talvez nem assim seja, nesta morte que tragamos
Vivemos um céu constante e nem damos por ele
Apesar de ser eterno.
Deste modo se deduz  de toda a vida  a morte
Um somatório de enganos 
Para uns são apenas dias, para outros são mil anos.

1-06-2012
Maria João Nunes