11 fevereiro 2010

Poesia desidratada

Morro de sede, de um absoluto
efémero, que nunca fica.
Registado e vivido,
apenas a marca, indelével
a repetição do sentido.

Seres tu Calipso e eu Circe
paradoxo estranho,
frágil e vulnerável
e o futuro a repetir
até à exaustão a memória
do que não é presente
O não seres tu,
o não ser eu.
Não sermos gente.
repetição do sentido
registado e vivido
Desidratado, seco
no silêncio prosseguindo.

1 comentário:

Petrarca disse...

Duas certezas.
A 1ª é que voltou às "lides", depois de quinze dias de ausência e isso é motivo para lhe dar as boas vindas.
A 2ª é que o Ulisses está metido "nisto".
"Nisto", quero eu dizer no poema, sei lá se, indirectamente, no regresso.
Brincando... o pior será a desidratação.