" Quando será derrubada a infinita servidão da mulher, quando ela viverá para ela e por ela, o homem, - até agora abominável -, tendo-a despedida, ela será poeta, ela também!
A mulher descobrirá o desconhecido! Seus mundos de ideias divergirão dos nossos? Ela encontrará coisas estranhas, insondáveis, repugnantes, deliciosas; nós as teremos, nós as entenderemos." Arthur Rimbaud
Um dia virá em que voarei
Com asas de alvo linho
Que me entretenho a fiar.
Não as asas de cera,
As de Dedalo tombado no mar
O fito é fugir daqui
Deste labirinto onde existe
um monstro que me quer aniquilar,
Cabeça de touro, corpo disforme
Alma inexistente ou se a tem
Parece não a quer revelar
Farei um castelo da nuvem mais alta
Por sol terei uma estrela
E lençóis de gaze para me tapar
E lá do alto vigiarei o sono
Dos que não perderam a esperança
E lutam para a realizar.
3 comentários:
que beleza de poema!
"E lá do alto vigiarei o sono
Dos que não perderam a esperança
E lutam para a realizar."
beijinho.
Celso Mendes, muito obrigada. Com efeito é mesmo assim, os anjos da guarda vigiam o sonho dos que acreditam.
Beijinho tb para si -:)
Arrobamiga
Como só saímos na quinta-feira pela fresquinha, ainda te venho dizer que é mais um poema lindo.
Mas também que eu penso que anja da guarda só se fosse da GêNêRê... E os malandros têm lá cada anja...
Qjs
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