13 fevereiro 2012

Areal


 (Foto retirada da net)

Um gosto a sal na ponta dos  dedos
sulcando e deixando lastro
Nos rios do meu rosto
Marcas de maresia
Que traduzem o cansaço.
 Imaginário sonhado
uma realidade sentida.
Na areia existe uma  prece
no cais uma despedida.
Mais além, junto ao rochedo
o barco está de partida
a maré abraça a praia
como só ela sabe fazer
abraça-a em segredo
deixa-lhe búzios e conchas
para nela adormecer
ao som da eternidade
 e para quando  acordar
brilharem como luzeiros
iluminando o caminho
dos que sem rota nem vela
temem  em se perder.
Sãos os peregrinos da vida
Renovando a esperança
Em cada amanhecer.


1 comentário:

Petrarca disse...

Um belo poema para ser musicado, mas não me posso oferecer para isso, porque sou um zero à esquerda. Se tiver algum amigo músico, sugira-lhe isso.
Fico atento ao próximo lançamento.
Bjo.