Dominar-te a ti
Ò dor
Eterna testemunha
Do tempo
Enfeixado em
Simultâneo e fraternal
Passado, Presente e Futuro
Através do tempo
Que nos leva.
Ou, seremos nós
Que o levamos ?
Guardando dentro
A partitura da vida.
Estranhas visões
Que nos modelam
Passo a passo
Iludindo-nos e,
Dominando a mágoa
Com um sorriso
Inglório
Que logo esmorece
Quando as sombras se adensam
Na estrada incerta do tempo.
Expectante fica o destino
Sabendo que lhe minto
Não realizando nunca
Mergulhada em absinto
Estonteada na loucura
De não querer ser apenas pó
Na ampulheta das tuas mãos.
E contudo, o meu velho coração
Cansado, revestido de paciência
Espera ainda
Um sopro , que realize
O milagre de te poder sentir
Acordar no resto do
Tempo que nos falta cumprir.
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