23 junho 2009

Marinhas

Pintei-te em tons de azul e verde
Maresias, brisas
Ondas de tule a voar
Linho branco tingido
Com todo este imenso mar
Nunca tu soubeste afinal,
Qual o oceano que pintei
Que tesouros nele guardava
Que sonhos nele enterrei.
Daqui a muitos, muitos anos,
Séculos, uma eternidade
Um olhar irá poisar
Nesse mar que eu tanto amei
Sem nunca descobrir
Que o azul era paixão
O verde era a vida
Encerrada num caixão
Que de encontro aos rochedos
Se desfez
Em branco linho
E veio morrer na praia
Chorando muito baixinho

1 comentário:

HomemSemSombra disse...

Observo a bela Lua escondida atrás de uma nuvem cinza desgastada pelo tempo.

Respira Lua,
Respira ordeno-te
Inspira profundamente o orvalho nocturno, liberta-te desse cinza carregado, esse negrume lento e pesado.

Ondas oscilam no mar
pés na água gelada
pensamentos no céu
vento nas mãos
mãos cheias de tudo e nada


(HomemSemSombra)