02 junho 2009

Veludos...



Erguera-se lentamente
Arqueando em meia - elipse
Preguiçoso
Envolto
Em veludo escuro.
Lançou no ar
Um sopro quente
Expirado
Sorveu atento
Interessado
Na noite quieta
Aromas de outros corpos
Que deambulavam,
Atentos
Sôfregos
Esfomeados
Ousando sonhar
Crateras esventradas
Onde rios cor de rubi
Morreriam
Sugados
Manchando
O veludo negro.

Saltou
Depois da dança
E aterrou
Faminto
Falhou
E novamente tentou
Cravando punhais de marfim
Afiados
Rasgando
O gemido
Que logo calou

Ao longe
Tambores
Forravam a noite
Quente.
E o céu ,
Gigantesco candelabro
Velou
A presa e o predador.
Em combate desigual
Finalmente terminou.

2 comentários:

«SevenSins» disse...

Olá! Infelizmente ainda não tive oportunidade de ler com calma e tranquilidade o blog pois infelizmente estou sem internet em casa desde a passada quarta-feira. Assim que a situação esteja resolvida irei cuscar e ler atentamente a " A arroba das palavras". Beijinhos e boa semana! *sorriso*

miguel disse...

Almejo o nunca
que me preenche os vazios do entretanto
em que se supoe que esteja
pra lá de mais que ser
simples encanto!

Miguel Nogueira

Gostei do que li embora nao tenha lido tudo, um carinho ;)*