12 outubro 2010

As tuas mãos















Olho-te sem que tu saibas
Esses rios azulados
Que passam  nas tuas mãos
Pedaços de vida marcados
Gosto de me demorar
Baixinho
Sem que tu saibas
Os meus olhos
Nessas marcas
Que tanto queria tocar
Crescem-me os olhos
A alma
A dor
O silêncio que já guardo
De te amar em desamor
Subo ainda um pouco mais
E vai pairar  meu olhar
Como águia no espaço
Na curva do teu pescoço
No desenho que aí fica
Imaginário perdido
De me deixares aninhar
Num desejo sem sentido.
Volto triste deste dia
Sempre que a tarde cai
Fico-me assim rendida
Sem poder soltar um ai.

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