24 janeiro 2012

VERTIGEM


Autor desconhecido - Foto retirada da net
A vertigem que sinto 
quando em ti pousa o meu olhar
E sonho imaginando,
Ou  imaginando sonhar
Que te possuo e como se fosses  de veludo
Envolvendo-me a alma  e em  tudo
sinto esta estranha sinestesia
Esta vibração que me deixa endoidecida
Quando as tuas mãos nas minhas
E os dedos oscilando com mestria
Me fazem tremer este insólito sentir
Que sobe ao cume mais alto
Desígnio de um obscuro provir
Que do mais profundo de mim brota
E mais e mais me faz fluir.
Abandono-me assim à fantasia
De te imaginar sonhando
Enfeitiçando-me o prazer
De na minha boca ter o gosto
Deste gozo que por tanto subir
Cai abrupto e falido
Exangue e elanguescido
Adormecendo-me amante
Desenhando-me no rosto
Um quebranto a sorrir

4 comentários:

OceanoAzul.Sonhos disse...

Intenso!


Um beijinho
cvb

A VIDA É UM ETERNO APRENDIZADO disse...

Amei este seu poema.
Tens um dom maravilhoso,coloca na tuas escritas os sentimentos que em ti se encontram.
Grande abraço
se cuida

Álvaro Lins disse...

Belo e sensual:)!
Como lamento não saber versejar!
Bjo

Rogério G.V. Pereira disse...

Desafiar-me a ler-te depois de teres visto um comentário meu num outro sítio, é um bom começo que eu não esqueço. Esquivo-me a comentar este poema... Voltarei, com o prazer de te ler.