APROXIMADAMENTE DOIS MILHÕES!!!
"Como devemos reagir quando nos deparamos com esta prática?
A circuncisão feminina é um problema importante e muito mais profundo do que se imagina. Qualquer pessoa que tente atacar este problema é confrontada com vários obstáculos – o maior dos quais é o silêncio das mulheres afectadas.
A circuncisão representa um assunto polêmico, assim como qualquer outra coisa relacionada com a sexualidade. É muito raro uma mulher consultar um médico sobre um problema ligado à sua circuncisão. Foram as mulheres intelectuais islâmicas que começaram a levantar o véu sobre esta prática.
Outro problema que encontramos é que as mulheres não educadas nem sempre concordam que a circuncisão feminina deve ser proibida. De facto, elas querem frequentemente que as suas filhas sejam circuncidadas. Estão convencidas de que este acto é benéfico, apesar dos perigos que correm.
Um terceiro problema é a nossa ignorância sobre os grupos étnicos envolvidos. Qualquer acção eficaz deve ser realizada com grande sensibilidade. Isto significa um trabalho longo e difícil para se compreenderem as suas crenças.
Como cristãos, podemos tornar nossas irmãs conscientes dos efeitos e riscos de saúde ligados a esta prática. Sabemos que a sexualidade para o casal cristão é um presente de Deus para seu prazer. Com as nossas irmãs não crentes, podemos apenas levantar estas questões mais tarde, quando tivermos ganhado sua confiança.
Se o número de mulheres educadas aumentar, é certo que esta prática entrará em declínio. A luta contra a circuncisão feminina é certamente algo a longo prazo mas que vale a pena. É apenas então que certas mulheres conhecerão a felicidade que um casal experimenta em sua intimidade e de estarem livres dos riscos para a sua própria saúde e de seus bebês."
Extracto de texto escrito pela Dra Halimatou Bourdanne, médica na Costa do Marfim.
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