12 maio 2010

Poetisas

Como pode alguém chamar
A este país, de Florbelas e Adílias?
Sem sequer saber sentir
Que nas nossas veias corre
Aroma de jasmins e buganvílias.
Sou passageira em viagem
Sempre em constante busca
Uma espécie de voragem
Uma estranha inquietação
Pouco me interessa quem chame
Se me sinto Gaspara Stampa
Irmanada na nudez e solidão.
Posso ser quem eu quiser
Fedra, Mariana ou só mulher
Auto-determinada para o Ser
Nesta errância da fatalidade.
Tenho assim por desígnio
Dolorosa e imensa tarefa,
Aperfeiçoar a arte de
Morrer Soror Saudade.
Não sem antes, ousar sonhar
Que sou Safo, que me corre
No corpo um frémito,
O coração bate apressado
Desfaleço e caio
E continuo a viagem
Sem ao fim ter já chegado.
Ah Soror Saudade,
Soror das Mágoas
Neste país a quem chamam
Das Adílias e Florbelas
Soubessem amá-las
E seria sim um jardim
À beira mar plantado.
Cheio das flores mais belas!

2 comentários:

Petrarca disse...

Ainda bem que houve uma reconsideração e saiu mais um poema, "cheio de flores mais belas", ou pelo menos de votos para que tal aconteça.

Anónimo disse...

Isto está mau meu Amigo! Lá sair saiu, mas está horrorosa e rebuscado; em todo o caso este blogue serve de espécie de folha de rascunho ( de 1.ª).Deixei-o ficar, até me dar a "travadinha " e eliminar!
Arroba