16 outubro 2011

Eça de Queirós:
"Nós estamos num estado comparável apenas à Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade política, a mesma trapalhada económica, a mesmo baixeza de carácter, a mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a Grécia e Portugal"

(in As Farpas, 1872)
Assim sendo....
Voltámos a ser um país amordaçado
sofrido e roubado
O dia amanheceu envolto em bruma
o Povo pede o regresso do Desejado.

Haverá para aí algum D. Sebastião?
Se há, que não se faça rogado.
É a hora Senhores!
de lutar, e não deixar cair
este pedaço de terra
de Santa Maria chamado.
Mito? Pátria? País?
Este é o meu pedaço de chão,
onde um dia minha mãe me deu à luz
assim recuso para os meus filhos
a escravidão, e o roubo
deste terreno sagrado.
E porque te amo Portugal
chegou a hora Senhores
de recusar as amarras
e conservar a matriz
Contra os barões marchar!
Marchar!
E as armas são a cultura
a ousadia de querer
a vontade de um povo
que se não deixa vencer!
 

2 comentários:

Unknown disse...

Arrobamiga

Se quiseres fazer o obséquio de ir à nossa Travessa encontrarás o que considerei o melhor post que já pari.

Recorda a infância dos meus (nossos) três filhos, a quem quis sempre deixar um Portugal melhor do que aquele em que nasci e vivi.

Agora, são mais os netos que me preocupam. Por isso, entendo bem o que escreves - e transcrevo:

E as armas são a cultura
a ousadia de querer
a vontade de um povo
que se não deixa vencer!


Mal de mim: cada vez tenho mais dúvidas e medos.

Qjs

João Esteves disse...

Uma apreciação transatlântica a seu blog inteiro e a esta postagem em particular, é o que faço questão de deixar-lhe aqui, Arroba.
Não nos conhecemos senão virtualmente.
Passei a seguir-lhe o blog.
Interessantemente, seus espaços virtuais públicos onde estive hoje em alegre passeio contêm informações visuais de muito bom gosto, do que venho sentindo falta. Destaque para a beleza em estado puro de formas femininas explorada acima de tudo com muita arte. Toca.
Portugal acha-se em momento histórico muito parecido com àquele a que Eça, em seu impecável estilo, referiu-se reparemos há tempo atrás.
Brasileiro, só posso concordar que já é tempo de se pegar em armas, estas mesmas que você aponta no presente post.
Valham-nos elas, lá e cá, e onde mais.