Óleo sobre tela de Lord Frederick Leighton - Light of harém (1830-1896)
Não preciso mais de espelhos
Para ver o que não está lá
A duplicidade é enganosa
Trai-nos com a realidade
Reflectida e ruinosa
O espelho do poeta
É a alma onde se miram profundezas
É lá que se busca a coragem
E se quebram as tristezas.
Assim para quê o espelho
Se a imagem não é fiel?
Há que cortar as amarras
Que nos poluem o espírito
Como se fossem fel,
amarguras não as tenho,
antes dúvidas, e mesmo assim,
quando olho no meu espelho,
não vejo nada de mim.
E se visse não olhava
com olhos de querer ver
para que o espelho não me engane
e não me faça sofrer.
Não preciso mais de espelhos
Para ver o que não está lá
A duplicidade é enganosa
Trai-nos com a realidade
Reflectida e ruinosa
O espelho do poeta
É a alma onde se miram profundezas
É lá que se busca a coragem
E se quebram as tristezas.
Assim para quê o espelho
Se a imagem não é fiel?
Há que cortar as amarras
Que nos poluem o espírito
Como se fossem fel,
amarguras não as tenho,
antes dúvidas, e mesmo assim,
quando olho no meu espelho,
não vejo nada de mim.
E se visse não olhava
com olhos de querer ver
para que o espelho não me engane
e não me faça sofrer.
5 comentários:
Os melhores espelhos são aqueles a quem consentimos que sejam nossos amigos.
Beijim! ;-)
Giuseppe
Essa dificuldade de lidar com nosso reflexo é um tema fascinante. Poema muito bem trabalhado, belo e profundo.
Abraço.
A casa dos espelhos não é para sofrer,antes para nos divertirmos com as distorções dos espelhos diversos. Um abraço, Yayá.
Por detrás do espelho quem está de olhos fixados nos meus..:)!
Bjo
"O espelho do poeta
É a alma onde se miram profundezas
É lá que se busca a coragem
E se quebram as tristezas."
Excelente!
abraço
oa.s
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