A vida é uma pauta onde cabem quase todas as partituras.
Os símbolos das notas musicais somos nós, executando, em função de uma unidade
qualquer de tempo ,sons que se perdem na infinidade das memórias.
Há um tempo e um compasso que regulam a vida. E tudo no
universo é matemática.
E tudo no Universo é música.
E tudo não passa de relações simples entre números inteiros.
Quantas páginas de partituras já foram rasgadas?
E eu não existo pela metade do número; os meus 5 dedos de cada mão
formam duas pautas
O positivo e o negativo
E procuro os símbolos para nelas estancar o vazio que
escorre com voz de silêncio.
E porque o silêncio também pode ser musica
E só em silêncio
consigo ouvir
Hoje escolho um
sistema matemático pleno de números inteiros e encho o silêncio
Perdida a alma, a alma que não tem fórmula, não tem som e não
cabe em nenhuma partitura.
Há quem esteja surdo, cego e mudo, sem pauta sequer num profundo vale de sombra .
14-07-2012
Maria João Nunes
“Se
Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu
próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará
também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os
escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é que condena? Pois é
Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual
está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do
amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a
fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor
de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas
para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a
morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades,
nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem
alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em
Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8.31b-39)
Sendo assim, “ainda
que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum,
porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam” (Sl 23.4).
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