03 abril 2009

O voo da borboleta



Pintor, desenhista e gravador, um dos mais importantes artistas brasileiros do período de transição entre os séculos XIX e XX, Pedro Weingärtner fez sua formação inicialmente em Porto Alegre, com o pintor Delfim da Câmara e depois, na Europa, onde foi aluno de E. Hildebrand, Ferdinand Keller e Theodor Poech, na Alemanha e, de Robert-Fleury e Adolphe Bouguereau, na França. Após um período de estudos na Europa, como bolsista do Imperador Pedro II, estabeleceu-se, finalmente, na Itália, de onde retornaria só muito próximo do final da sua vida. Texto de Paulo César Ribeiro Gomes-Professor Assistente no Curso de Design junto ao Centro Universitário Ritter dos Reis. Mestre em Arte Visuais - Poéticas Visuais (1998) e Doutor em Artes Visuais - Poéticas Visuais (2003), ambas pela UFRGS

Apanho-te em cada rasto
Da negação do ser.
De não seres
O que pensas.
Não quereres
de tão transparente
que julgas ser
um quase polén
em qualquer flor
À beira do caminho
quase borboleta
num voo sempre sozinho.
Mas estás lá,
manchando o azul do céu
com as cores do arco-íris.
Mesmo não sendo
Existes.
ser animal, meio-humano
enquanto eu,
por negação
sou o oposto
quase, quase meia-humana
opaca, densa
tentando o voo
da primavera
e despenhando-me
numa cidade de sonhos
que não existe.
É só mais uma quimera.

1 comentário:

Luciano Fraga disse...

Nas diferen�as tamb�m se faz sonhar, tudo � quimera, gostei do seu espa�o, voltarei, abra�o.