31 outubro 2011

Mulher que lê, 
c. 1890 Jacques-Émile Blanche ( França 1861-1942)
Óleo sobre tela


No minha mesa existe
Um livro pousado
Que não consigo entender
Fico-me assim a pensar
O que ele  quererá dizer

Há  nele uma  fala oculta
Que não consigo alcançar
Espero que a noite caia
E me ilumine o luar
E de olhos abertos no escuro
leio o livro devagar
as palavras são estrelas
a letras a cintilar
é tal o brilho que imana
que me sinto a cegar!
Pela manhã, adormeço
Cansada de tanto olhar
Pouso o livro no regaço
E fico-me assim a pensar.

2 comentários:

Unknown disse...

Arrobamiga

Este é um poema de que gostei muito. Reflecte perfeitamente o que és, exemplifica magnificamente o mistério de um qualquer livro, descreve sentidamente o que te vai na alma. Parabéns.

Como singela, mas sincera, homenagem, transcrevo:

No minha mesa existe
Um livro pousado
Que não consigo entender

(...)Pela manhã, adormeço
Cansada de tanto olhar
Pouso o livro no regaço
E fico-me assim a pensar.


Bjs da Raquel & Qjs meus para tu

PS - Na nossa Travessa copular é preciso. Não, não se trata de pornografia. É um testículo meu sobre o decréscimo da natalidade. Só eu...

Petrarca disse...

Também eu às vezes fico a pensar...