A Esperança nada mais é do que uma lenta agonia até ao
estertor da Morte!
Enganamo-nos assim, pensando que tudo nos será possível
quando, apenas, na Vida de que nascemos e que ilusoriamente dizemos que nos foi
concedida, nos resta uma
única Verdade: a Morte; como se fora um imenso firmamento sempre presente
no acaso dos nossos dias – a que chamamos de “O Caminho”.
De que serve querer o amanhã se , cada vez mais, esse momento nos nega a possibilidade da concretização
dos anseios?
Maria João Nunes
2 comentários:
Presumo que com pensamentos destes me queira dizer que fique quieto, que não me mexa, que não vale a pena... é profundamente estúpido (e até desumano) que sendo a morte a única coisa verdadeiramente irremediável não nos esforcemos no que tem remédio, na vida que nos foi parida...
Amigo Rogério Pereira, Epicuro dizia : ««Podemos precaver-nos contra toda espécie de coisas; mas, no que concerne à morte, continuamos como os habitantes de uma cidadela arrasada.»
«De espera em espera”, diz Epicuro, «consumimos a nossa vida e morremos todos no sofrimento.»
E sim, «é profundamente estúpido ( e até desumano)», para o citar a si Caríssimo Amigo, que não nos esforcemos no dia-a-dia para que cada segundo, cada minuto, cada hora valha a pena!
Se «(...) for necessário alimentar-se, como o burro, das rosas da ilusão, de preferência a resignar-se à mentira, como escreveu A.Camus , porque o Homem é prisioneiro das suas próprias verdades, tantas quantas somos cada um de nós, sendo que, só a lei da Morte nos liberta. O meu texto é apenas uma divagação, nem sei se constacto algo poi snão tenho certezas de coisa nenhuma,e, nestes tempos incertos é bom que vivamos o melhor possível o "aqui e agora"...
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