Dizia Camilo que a poesia não tem presente: ou é esperança ou é saudade.
Neste meio termo entre uma e outra oscila a alma como um pêndulo.
Tudo mais é mistério porque o presente não existe. Há quem lhe chame momento
Há quem lhe chame tormento.
Há quem lhe chame esquecimento
E o pêndulo oscila certeiro num tic-tac entre a esperança e a saudade
Entre a ilusão e a realidade
Entre o nascer e o morrer
Entre a infância e a velhice
Quando já morreu a esperança
Quando só resta a saudade.
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