26 abril 2011

O Pêndulo


Dizia Camilo que a poesia não tem presente: ou é esperança ou é saudade.
Neste meio termo entre uma e outra oscila a alma como um pêndulo.
Tudo mais é mistério porque o presente não existe. Há quem lhe chame momento
Há quem lhe chame tormento.
Há quem lhe chame esquecimento
E o pêndulo oscila certeiro num tic-tac  entre a esperança e a saudade
Entre a ilusão e a realidade
Entre o nascer e o morrer
Entre  a  infância e a velhice
Quando já morreu a esperança
Quando só resta a saudade.

Sem comentários: