(autoria desconhecida)
Alguém disse que,
escrever é um acto de solidão.
escrever é um acto de solidão.
Escrever é encontro com a alma
A solidão é só
daquele que não ama
É como estender as mãos
E queimar-se na própria chama
Que arde eterna sem palavras
Sem poiso em folha de papel
Como pássaro ferido, cansado
Esgotado no próprio fel.
É como estender as mãos
E queimar-se na própria chama
Que arde eterna sem palavras
Sem poiso em folha de papel
Como pássaro ferido, cansado
Esgotado no próprio fel.
Olhas para as tuas mãos
E vês
O vazio que se abeirou
Escorrem então as palavras
Como rios feridos de mansidão
Embatendo de encontro às margens
Onde pulsa o teu coração
É nesse confronto que sentes
A linha da tua vida
Como folha branca
Sem um pedaço de cor
Escrita de solidão
Mas escrita
Pela tua própria mão
Não estás só!
Só estão os que não sentem
Que não souberam
Sentir na solidão
um acto de amor
escrito linha a linha
por um poeta fingidor.
1 comentário:
A Lua sangra no celeste
Aprisionada está a razão
Olhos sem a virtude da luz
Uma fria pedra no coração
Um banco de jardim
É leito do rei da sarjeta
Almofada de encardido cartão
Acomoda esta carcaça inquieta
Convido-te a conhecer um Rei mendigo
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