21 setembro 2010

Encanto

Não me deixaria eu desencantar se encanto não houvesse.
Quando deixar de acreditar no encanto, desencantar-me-ei. Este estranho movimento de vai-e-vem constante, se existe é porque assim sinto, entre cálculos menos certos que me vão preenchendo a soma dos meus dias. Cresço agora a um ritmo diferente, já não sou a pequena célula que luta para se multiplicar, faço de mim o possível para que dos teus gestos nasça um poema, único fruto deste despojo que é o amor.
És carne e anjo que alvoroça e alvorece  em frémito dentro deste profundo poço onde eclode o raio de luz nocturna.
E assim me vou encantando, à tua espera. Sempre!

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