17 setembro 2010

Palavras aradas

Este cansaço de tudo
esta vida tão sem rumo
este arado com que lavro
o pensamento soturno.
Porquê, perguntar-me-ão?
Nem eu vos sei responder
Apenas vou lavrando  terra
para a semente crescer.
Algures em alforge escondido
guardo um pouco de alento
quando chegar a primavera
deitarei por minhas  mãos
um pouco dessa ilusão
que a terra fará florescer.
E ganhar novo sentido.

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