21 março 2011

Dunas


Há um imenso areal feito de linho lavrado
Linho tantas vezes fustigado
A fazer ondas que se espraiam nos limites
Do meu olhar tão cansado
Diz-me esta memória breve
Já de si tão esbatida, que me lembro
Tão fugaz do momento da partida
Aquele momento que se evola
Que se mistura também
Com o cheiro de caril que daquela duna vem.
E nesta volúpia feita brisa
Que  o meu corpo reconhece
Sinto ainda  este torpor
Que no meu corpo amanhece.

1 comentário:

A.S. disse...

Como uma brisa,
despimos nossos sonhos
por detrás das dunas,
onde o mar se derrama
na mais densa onda...


Beijos meus,
AL