08 junho 2011

Trago em mim todos os rios do mundo

William Turner - Ausschnitt

Esta noite o mar inundou-me os olhos
Trago em mim todos os rios do mundo
Vulcões de lava irrompem estilhaçando marés
A espuma desfaz-se no cais sob o signo do eterno
Caminho peregrina por sobre a nuvem densa
Há uma dor nova que me diz que ainda existo
Na bagagem do destino levo a bruma da memória
Já não cabe aqui dentro a tempestade
Abatem-se as fragas ao raio
Vergo-me sob o peso da luz que me cegou
E adormeço no cansaço do desejo não consumado.
Amar é deixar correr todos os rios do mundo em nós
Deixá-los ir, livres, soltos, para que regressem em forma de nuvem.
@Reservados todos os Direitos de Autor

6 comentários:

RUI disse...

ARROBA,
primeiramente, quero me penitenciar pelo ERRO enorme que cometi. Uma ARROBA é bem melhor que Um ARROBA...rsrs
Segundamente, lhe agradecer o esclarecimento em comentário no alone e tb agradecer a sua visita.
Terceiramente, adorei a POESIA que, pelo que percebo, faz "parte" de si.
Quartamente e curioso: trabalho aquí no Brasil numa Biblioteca numa Escola de Ensino Médio e Técnico, embora não seja eu o Bibliotecário.
Quintamente, desejo que aceite o meu pedido de "servidor", desculpe, "seguidor" e que faça o favor de SER FELIZ...!!!
Ahhh... e Obrigado pelo livro! Apostei "certinho"...rsrs
Abração do
Antonio Rui as alone

Celso Mendes disse...

E todos os rios correm em direção do oceano, onde se fundem...

muito belo poema!

beijo.

AC disse...

Há nuvens que são cíclicas, há outras que estão apenas de passagem, nunca passam pelo mesmo caminho...
Gostei muito!

Beijo :)

JR disse...

Habitamos nas palavras que nos habitam.
É bom acordar com as palavras, mesmo que silenciosas!

Unknown disse...

Arrobamiga

Lindo. Tal como a tua prosa: muito bons. Bem hajas.

Noutro comprimento de onda: a minha Goesa agradece e manda-te bjs. Eu persisto nos qjs

Artes e escritas disse...

Gostei do seu blog e da poesia que te inspira. Yayá.