15 novembro 2008
Oswaldo Montenegro - Quando Agente Ama
" ...a vida passa num instante/ e um instante é muito pouco para sonhar."
Os dias são povoados
Pela raiva de sentir
Que não és livre de ti
Porque te aprisionaste
E recusaste o porvir
E, agora só me resta
fugir eu de mim também.
Fugir incessantemente
E tornar-me degredado
Recusar este fado
que me estava destinado.
Quisera eu aprisionar-te
sem nunca te poder ter.
Ao ter-te, não te teria.
como não te tenho agora,
nem nunca terei um dia.
Não és livre de sentir.
E apenas nos unimos
Na desunião,
que nos completa.
Apenas nos encontramos
no espaço
Entre dois silêncios.
O teu e o meu,
E calados
Desejamos
Nunca ter sido assim.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Olá Arroba,
Antes de mais agradeço o seu comentário, os seus elogios, sabe que eu já ouvi isso várias vezes e se isso é visível na minha escrita é muito bom para mim acredite.
Sobre este poema, está a representar muito bem uma relação, que está relacionada com a 1ª frase : " ...a vida passa num instante/ e um instante é muito pouco para sonhar."
Não podia concordar mais, sabe que com 16 anos apenas noto que o tempo passa a correr...
Beijinho, continuação.
É mesmo impossível explicar!
Mas é preciso aproveitar esse pequeno instante, que pode até passar à velocidade da luz, mas ainda assim não deixar de vivê-lo com toda a intensidade, sugá-lo até ao tutano!:):)
Esta carícia de fresca brisa
Transporta a beleza de Oriente
Uma voz doce cede ao silêncio
Esta aurora acorda finalmente
A sombra perdeu-se na luz
Escuto o pranto e o riso na bruma
Palavras fugindo ao sentido
Lembranças perdidas na espuma
Boa semana
Mágico beijo
Enviar um comentário