Não sei escrever sobre a ausência da cor
Que quase sempre vejo nos teus olhos
Empalidecidos, de tez translúcida
Onde jaz sempre espelhada a dor.
Pudesse eu , insuflar-te na alma
Uma fonte dolorosa e sagrada
Que te iluminasse e sentisses
Como eu anseio ser amada.
Abrasas-me assim, lentamente
Neste torpor sem luxúria
De não te poder sentir
Minguo nesta penúria
Rasgando o senso comum
De abandonares o teu corpo
E sermos apenas um!
Ressoam, ecoam em mim
O Ar, a Luz e a Cor
Mas ando triste, solitária
Eu só te tenho na Dor.
È só na Dor que te tenho
Na dor da incompreensão
Perco-me de mim em ti
Nesta estranha solidão.
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