Vão para ti, amor de algum dia,
os gritos rubros da minha alma em sangue;
vives em mim, corres-me nas veias,
andas a vibrar
na minha carne exangue!
Mas, quando nos teus olhos poisa o meu olhar
enoitado e triste,
vejo-te diferente...
Aquele que tu eras, e que eu amo ainda,
perdeu-se de ti
...e só em mim existe!
Poema de Judith Teixeira, ed. &etc; 1996, que nos idos tempos de 1923, foi apelidada de "desavergonhada" ao corroer os Santíssimos Costumes da PÁTRIA LUSITANA ( AO TEMPO REPUBLICANA E LAICA E DEMOCRÁTICA) .... o gOVERNADOR cIVIL DE lISBOA, AÇICATADO PELA ALTA BRIDA DE UNS QUANTOS ESTUDANTES CATÓLICOS, SEDENTOS DE MÃO PESADA CONTRA A CHAMADA LITERATURA DISSOLVENTE QUE INUNDAVA OS ESCAPARATES, FAZ CREMAR, ENTRE OUTROS EXEMPLARES DAS cANÇÕES DE ANTÓNIO BOTTO E RAÚL LEAL.
ACTUALMENTE A CREMAÇÃO FAZ-SE DE MODO MAIS DISCRETO....
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