Ele há coisa mais bela
Do que a beleza da poesia
Quando pousa com asas de borboleta
Numa folha de papel?
Uma alegre sinfonia!
Imaginai agora...
Que a poesia tem cor
Tem som
Movimento
Ah! Pois! e tem dor
Dizem-me ao ouvido,
Os meus secretos fantasmas.
Movimento de ondas partidas
Largadas, perdidas.
Som de trovão a bramir
No mar!
Espécie de tropel
Cavalos alados a poisar
De mansinho
Na minha folha de papel!
Voai mais um pouco...
Além...ali
Onde um desejo fatal de pertencer
Mesmo assim a quem tanto nos faz
Sofrer.
Que nunca está lá!
Apenas as asas de borboleta,
pousam com encanto
Num fio dos teus cabelos prateados
E solta-se a magia
Da poesia
Em movimento
Enquanto os meus olhos reprimem
Violentamente o pranto
Todo o sentimento.
Prontos a fugirem
A qualquer momento
Rebentar os diques
Inventar os bosques
Sem terra queimada
E sonho-te assim
Poesia inventada.
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