22 fevereiro 2011

A semente da Poesia


Há em mim  um profundo silêncio
Um segredo não revelado
Uma poesia oculta
um fruto desconhecido
um fim de tarde esperado
um poema não gerado
Quando te senti entrar
Soube-me quase a destino
Impaciente e revolto
Com secreta voz
Me olhaste
E sem conseguires ver
A semente que geraste
de onde nasceu a poesia
Filha deste cruzar
a tristeza e alegria
E eu morro aqui
A olhar os barcos
A imaginar que ainda é
A tarde em que tu chegaste.
Pela mão levo comigo
Essa mão tão pequenina
Que quando me toca assim
Faz das palavras  rima.

2 comentários:

Everson Russo disse...

Que essa semente de poesia se faça num imenso jardim de sentimentos...belissimo..abraços amigo e uma bela quinta feira.

A.S. disse...

Se a vida não rima, porque haveria de rimar a poesia!

Belo o teu poema!


Beijos meus,
AL