30 novembro 2009

Coimbra

Toco-te , assim
Com as minhas mãos
Nesse líquen avermelhado
Testemunho do teu sangue
Ali, eternamente derramado.

Percorro-te, entre os verdes
Que te choram
Alamedas ensombradas
Minha quinta de lágrimas,
Em altar idolatradas.


Meu bosque de árvores
Centenárias
Guardas em ti
O mistério eterno
Máscara de traição e amor
Olhando o rio que corre
A ultima cidade do Norte
Para sempre serás lembrada
Como um cenário de dor.

1 comentário:

Petrarca disse...

Também por lá andei, por lá desvendei alguns mistérios, por lá compus uns sonetos mal amanhados, que breve destruí, mas verdadeiramente não gosto (nem nunca gostei) do "espírito" de Coimbra.
Prefiro-lhe o "corpo",. calcorreando as suas íngremes ruas, passeando pelo intrincado de ruelas da baixa, olhando o rio agora menos "basófias" a relembrar um ou outro episódio em que figurei.
O resto...
Isto não tem nada a ver com o belíssimo poema. Só aproveitei a ocasião para vender o meu peixe.